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Dia Mundial de Combate à Pólio celebra parceria histórica de sucesso 

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Rotary e GPEI colocam o mundo mais próximo da erradicação da pólio

Por Fotos de

Depois de 30 anos de ações ousadas, conquistas históricas e, às vezes, adversidades, o Rotary e seus parceiros na Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI) estão próximos do fim da doença. 

Essa pioneira parceria público-privada e suas estratégias inovadoras foram celebradas na quarta-feira durante o 6º evento anual do Dia Mundial de Combate à Pólio, realizado no College of Physicians of Philadelphia, EUA. 

  1. Centenas se reuniram para celebrar o Dia Mundial de Combate à Pólio no College of Physicians, na Filadélfia, EUA.

  2. Centenas se reuniram para celebrar o Dia Mundial de Combate à Pólio no College of Physicians, na Filadélfia, EUA.

  3. Centenas se reuniram para celebrar o Dia Mundial de Combate à Pólio no College of Physicians, na Filadélfia, EUA.

  4. Centenas se reuniram para celebrar o Dia Mundial de Combate à Pólio no College of Physicians, na Filadélfia, EUA.

Centenas de pessoas compareceram pessoalmente, inclusive representantes dos cinco parceiros na GPEI, e milhares acompanharam a transmissão ao vivo pela internet. As jornalistas Ashleigh Banfield, apresentadora do programa “Crime and Justice”, da HLN, e Alex Witt, apresentadora do “Weekends with Alex Witt”, da MSNBC,”  mediaram o evento. 

O chair do Conselho de Curadores da Fundação Rotária, Ron Burton, abriu o programa lembrando que foi na Filadélfia, durante a Convenção Internacional de 1988, que o Rotary anunciou que havia superado a sua meta de arrecadação de US$120 milhões, angariando US$247 milhões.

Aquele momento mostrou a força do Rotary como uma organização capaz de enfrentar o desafio de combater uma doença globalmente e liderar uma das iniciativas de saúde pública mais ambiciosas da história, a GPEI, da qual também fazem parte a Organização Mundial da Saúde, o Unicef, o Centro Norte-Americano de Controle e Prevenção de Doenças e a Fundação Bill & Melinda Gates

“Sabíamos, desde aquela época, que a guerra contra a pólio seria longa e teríamos muitos desafios", disse Burton. “Mas sabíamos também, como sabemos agora, que poderíamos alcançar esse objetivo. Trinta anos atrás, eu me orgulhava de fazer parte da organização que assumiu essa tarefa e a promessa de erradicar a pólio.”

Desde sua formação, a GPEI treinou e mobilizou milhões de voluntários e profissionais de saúde, obteve acesso a casas não visitadas por outras iniciativas de saúde para imunizar crianças, levou intervenções de saúde a comunidades carentes e padronizou o monitoramento global de casos de poliomielite e do vírus da doença, um processo conhecido como vigilância. 

Os resultados foram monumentais. Trinta anos atrás, a doença afetava 350.000 crianças por ano. Devido às campanhas maciças de vacinação em todo o mundo, a incidência diminuiu em mais de 99,9%. Apenas 20 casos foram reportados até agora este ano. A pólio, que era uma doença endêmica em 125 países em 1988, está presente apenas no Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Mais de 2,5 bilhões de crianças foram vacinadas e mais de US$14 bilhões foram investidos na luta para erradicar a doença em todo o mundo. 

Lea Hegg, representante sênior do programa da equipe de entrega de vacinas da Fundação Gates, deu informações atualizadas sobre a poliomielite no mundo. "Apesar do tremendo progresso, ainda existem desafios", disse ela em uma entrevista com Mark Wright, apresentador de notícias de uma rede de televisão da NBC, em Seattle, EUA. 

"O fato é que o Paquistão e o Afeganistão, onde ainda existem alguns casos, enfrentam enormes desafios: conflitos e insegurança", disse Hegg. "Temos que encontrar novas maneiras de resolver esses problemas."

Ela elogiou os corajosos trabalhadores que combatem a pólio e visitam áreas instáveis para vacinar crianças, além de destacar a importância dos locais de vacinação em pontos de trânsito fora dessas áreas.

Hegg acrescentou: "Nós possuímos as ferramentas, temos a persistência e ainda estamos confiantes de que chegaremos lá".

Em uma sessão de perguntas e respostas com Witt, a Dra. Ujala Nayyar, representante de vigilância da OMS em Punjab, no Paquistão, ressaltou a importância de rastrear o vírus que circula constantemente. Nayyar disse que os profissionais de saúde precisam estar um passo à frente do poliovírus para interromper sua transmissão. Ela também observou que o Paquistão tem a maior rede mundial de vigilância ambiental da pólio. 

"É um trabalho duro, mas temos uma rede formada pelo governo, organizações privadas e mobilizadores comunitários que está identificando casos em todos os lugares que testamos. Estamos confiantes de que todo caso de pólio está sendo reportado", disse a médica. "Estamos tendo um tremendo sucesso no Paquistão."

Nayyar mencionou que, embora os casos da doença tenham chegado a 306 anteriormente, apenas quatro foram registrados este ano.  

Entre os palestrantes também tivemos a premiada chef, autora e sobrevivente da pólio Ina Pinkney, que discorreu sobre sua experiência com a doença. Jeffery Kluger, editor sênior da revista Time, falou sobre sua recente viagem à Nigéria com o Rotary para fazer uma reportagem sobre a erradicação da pólio.

Em termos de entretenimento, foi divulgada uma prévia do documentário do Rotary, "Drop to Zero", e do mais novo filme de realidade virtual, "Duas Gotas de Esperança". 

Banfield destacou várias atividades que os clubes organizaram para aumentar a conscientização sobre a pólio e arrecadar fundos para os esforços de erradicação, incluindo uma ação em Délhi, na Índia, onde 2.000 associados conduziram carros e bicicletas decorados com bandeiras informativas e adesivos pela cidade. No Egito, os rotarianos realizaram o Festival de Combate à Pólio, que incluiu uma corrida de rua, uma campanha de doação de sangue e um concerto que atraiu milhares de pessoas. 

O Rotary contribuiu com mais de US$1,8 bilhão para a erradicação da pólio desde o início do programa Pólio Plus, em 1985. O esforço teve um ganho em agosto, quando a organização anunciou um subsídio adicional de US$ 96,5 milhões para aumentar a imunização e aprimorar as atividades de vigilância.  A maior parte dos fundos foi alocada aos três países onde a pólio permanece endêmica: Afeganistão (US$22,9 milhões), Nigéria (US$16,1 milhões) e Paquistão (US$21,7 milhões). O restante foi distribuído a 12 países da África que são vulneráveis à doença. 

O Rotary também se comprometeu a arrecadar US$50 milhões por ano durante um período de três anos para atividades de erradicação. A Fundação Bill & Melinda Gates irá equiparar em 2:1 este valor, o que pode elevar o total a US$450 milhões. 

Junte-se a nós na luta contra a pólio

Assista à gravação do evento do Dia Mundial de Combate à Pólio de 2018