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Nossos clubes

Cinco perguntas sobre

projetos ambientais

 

 

com

Karen Kendrick-Hands

Diretora de Comunicação, Grupo Rotary em Ação pela Sustentabilidade Ambiental

1. Como o meio ambiente se encaixa nas áreas de enfoque do Rotary?

Qualquer projeto, em qualquer área de enfoque, terá benefícios com a inclusão de sustentabilidade ambiental como uma de suas características. É muito mais difícil fornecer água limpa às pessoas se a bacia hidrográfica local estiver comprometida – se o rio estiver cheio de resíduos industriais, humanos e animais. Educação básica e alfabetização tornam-se um desafio quando as crianças ficam constantemente doentes porque o poço da escola está contaminado. A saúde é afetada quando insetos portadores de doenças expandem sua área geográfica devido à mudança dos padrões climáticos. Disputas pela água e a questão dos refugiados ambientais complicam ainda mais o alcance da paz e a resolução de conflitos. O desenvolvimento econômico é retardado quando não há energia adequada. O Rotary prestaria um enorme serviço ao mundo se, em cada projeto hídrico, trocasse as bombas a diesel por energia eólica ou solar. Esse seria um tipo de projeto de grande escala.

2. Por que o Grupo pela Sustentabilidade Ambiental publicou um manual com ideias de projetos nessa área?

Muitas pessoas dizem que gostariam de fazer projetos ambientais, mas não sabem por onde começar. Ou talvez já estejam fazendo algo e nem percebem que se trata de um projeto ambiental – como adotar uma rodovia ou montar uma unidade de reciclagem de lixo eletrônico. O manual, que criamos em 2019 em colaboração com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), indica uma gama de iniciativas que ajudam o meio ambiente. Também há pessoas que precisam de inspiração para seus clubes. Fiquei surpresa com a grande variedade de ideias de projetos que pudemos reunir e apresentar no manual.

3. Você pode descrever algumas das sugestões de projetos?

Procuramos abordar tópicos que consideramos importantes, que se encaixam bem nas áreas de enfoque existentes e que possam expandir o alcance dos Rotary Clubs em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Atualmente, seis dos 17 objetivos não se encaixam em uma das áreas de enfoque do Rotary – coisas como energia limpa e acessível, cidades e comunidades sustentáveis, e consumo e produção responsáveis. A contracapa é um exemplo de comunicado à imprensa. É um lembrete de que compartilhar nossa história fortalece a nossa marca e cria entusiasmo para mais projetos.

4. O que inspirou a colaboração do seu grupo com o PNUMA?

Em 2018, o Dia do Rotary nas Nações Unidas foi celebrado em Nairóbi, Quênia, e o PNUMA, que está sediado lá, ajudou a organizar o evento. O Rotary e o PNUMA decidiram trabalhar juntos para criar um manual para os Rotary Clubs que desejam participar do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho). Foi aí que o Grupo Rotary em Ação pela Sustentabilidade Ambiental entrou. O manual começa com uma declaração conjunta dos ex-presidentes Barry Rassin e Mark Daniel Maloney. Ficamos entusiasmados em ter esse endosso e esperamos que esse possa ser o início de mais colaborações entre o Rotary e o PNUMA.

5. Os rotarianos estão se envolvendo mais em projetos ambientais?

No início deste ano, fui convidada para ajudar na elaboração de uma pesquisa para avaliar o interesse por projetos ambientais em todo o mundo rotário. Também tivemos contribuições da Coalizão de Soluções Climáticas, que é um movimento de jovens dentro do Grupo Rotary em Ação pela Sustentabilidade Ambiental. Enviamos o link da pesquisa em um boletim informativo em 23 de janeiro, e tínhamos que receber todos os resultados até 31 de janeiro. Nesse curto período, recebemos de volta mais de 5.000 respostas. Acho que isso mostra que há uma grande demanda reprimida. As pessoas interessadas em soluções ambientais poderiam sair e trabalhar com outros grupos, e muitos rotarianos o fazem. Mas o que estamos vendo é um desejo real de fazer seu trabalho ambiental dentro da estrutura rotária. Isso é algo valioso para o futuro do Rotary. Não temos ideia de quantos e quais associados isso atrairá ou dos recursos financeiros que gerará, mas sabemos muito bem que, com a próxima geração do Rotary, o futuro está claro.

— DIANA SCHOBERG

• Baixe o manual em esrag.org/esrag-unep-handbook.

• Ilustração de Viktor Miller Gausa

• Artigo publicado originalmente na edição de julho de 2020 da revista The Rotarian.