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Com a palavra, o primeiro rotaractiano a assumir o cargo de coordenador da imagem pública do Rotary

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Em um dia de agosto de 2022, quem passou por um certo parque de Copenhague, a capital da Dinamarca, viu algo no mínimo inusitado: vários corredores carregando bexigas cor-de-rosa. A atividade fazia parte do evento Corra com o Rotaract, que é organizado pelos Rotaract Clubs do Distrito 1470 e está em seu terceiro ano, tendo como objetivo levantar verbas para a educação no Maláui.

Os balões serviram de ingresso para os 65 corredores. O dinamarquês Philip Flindt, do Rotaract Club de København Nord, comemorou o fato de que os balões também serviram para atrair a atenção pública.

“Não tinha como não notar um monte de gente correndo com bexigas cor-de-rosa”, diz Flindt. “A escolha do parque foi acertada, por ser o destino preferido de muitas pessoas, as quais perguntavam por que os corredores carregavam os balões e se aquilo se tratava de uma despedida de solteiro.”

Ter ideias criativas capazes de despertar o interesse dos outros é algo que não falta a Philip. Assim, fica claro por que ele foi escolhido para coordenador da imagem pública do Rotary (CIPR) na Zona 18, sendo o primeiro rotaractiano a servir na função. Ele promove o Rotaract desde que ajudou a fundar seu clube, em 13 de março de 2013. A data, diga-se de passagem, é justamente a do  aniversário da oficialização do primeiro Rotaract Club, no ano de 1968.

“Philip é um defensor ferrenho do Rotaract”, diz Becky Giblin, associada do Rotaract Club de Auckland City, na Nova Zelândia, e do Rotary Club for Global Action District 5150. “Ele não desperdiça nenhuma chance de representar os rotaractianos do melhor modo possível, e se empenha em garantir que os rotaractianos tenham oportunidades.”

O rotaractiano Philip Flindt é o coordenador da imagem pública da Zona 18.

Como um dos maiores fãs do Rotaract, ele está sempre buscando maneiras de crescer e prosperar. No auge da pandemia de covid-19, Phillip fazia parte do grupo que lançou o Mundo Rotaract, uma videochamada aberta 24 horas por dia para manter as pessoas conectadas. Eventualmente, isso se tornou uma rede global.

“No começo, o objetivo era garantir o bem-estar social por meio de conversas”, diz ele. “Tivemos uma boa participação, com cerca de 500 pessoas, e até fizemos festas virtuais. Como sou DJ, toquei em umas 10 destas festas. Nós nos reuníamos para bater papo, fazer noites de jogos e assistir filmes. Aos poucos, começamos a trabalhar juntos graças ao Zoom, razão que fez com que nos conhecêssemos.”

“O Mundo Rotaract ajudou as pessoas a cooperarem em projetos e estreitou os laços entre os participantes”, afirma Becky, ressaltando a sua amizade com Phillip.

“A iniciativa fez crescer entre nós um nível surpreendente de confiança e amizade, ainda mais se considerarmos que jamais estivemos juntos presencialmente”, diz admirada. “O Mundo Rotaract não é apenas uma comunidade, mas uma família espalhada pelos quatro cantos do mundo.”

[Subtítulo:] Exercendo diferentes papéis ao mesmo tempo

Para ter boas ideias, como o Mundo Rotaract, Philip recomenda a abordagem empreendedora de “falhar rápido”. 

“Tire as ideias ruins do caminho o mais rápido possível, e siga com aquelas que funcionam”, revela. “Ao fazer um projeto, não pense somente nele. Pense do ponto de vista do ‘associado’, da ‘Fundação Rotária’, da ‘imagem pública’ – tudo ao mesmo tempo. Ou forme um grupo e divida as tarefas.”

Toda essa troca de papéis levou a iniciativas como a que apoia a campanha Dê um Futuro a Cada Criança (GECAF). O GECAF pretende vacinar 100.000 crianças em nove países insulares do Pacífico para protegê-las do papilomavírus humano, rotavírus e bactérias pneumocócicas. Para um evento chamado Movimente-se pelo GECAF, os rotaractianos se movimentaram — literalmente, inundando as redes sociais com fotos e vídeos de gente correndo, dançando, fazendo flexões ou segurando cartazes mostrando o quanto de dinheiro haviam arrecadado. 

Philip gosta de projetos que atinjam vários objetivos de uma vez. Ele diz que o sucesso do Corra com o Rotaract não foi apenas a arrecadação de US$ 100.000. 

“Não financiamos apenas os estudos de um malauiense. Nós aumentamos a conscientização pública local”, celebra ele. “É uma questão de provocar impacto. Se você não pode correr, pode participar caminhando ou simplesmente assistindo. Tivemos a participação de gestantes, de crianças em carrinhos de bebê, enfim, de diferentes tipos de pessoas. Esse é o quarto ponto do Plano de Ação do Rotary, a capacidade de adaptação.”

Philip aprendeu muito desde que se tornou CIPR. A Zona 18, que engloba Dinamarca, Ilhas Faroé, Groenlândia, Islândia, Lituânia, Noruega, Polônia e Suécia, é altamente diversificada. Sabendo disso, Philip está reconsiderando seu plano inicial de evitar usar grande parte do seu orçamento em viagens.

“Preciso me fazer mais presente”, informa. “Tenho que visitar os distritos, falar com as pessoas cara a cara. Preciso muito criar essas conexões e garantir o fluxo da comunicação.”

Semana Mundial do Rotaract: 13 a 19 de março de 2023