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‘Barão da permuta’ tem talento especial para recrutar novos associados ao Rotary

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Um dia, em meados da década de 60, um vendedor entrou em uma fábrica de tintas  em Siracusa, EUA, e convidou Bernie Bregman para se juntar à Barter Mart, uma empresa que facilitava a permuta de mercadorias. Após pagar uma taxa de inscrição única, os participantes (tanto pessoas físicas como jurídicas) podiam trocar bens e serviços, e a empresa ganhava uma comissão em cada transação. Bregman adorou a ideia e logo se tornou membro. Certa vez, ele convenceu um fabricante de velas a se afiliar, com quem acabou fazendo permuta de serviços de publicidade.

“As pessoas negociam o tempo todo — com seus advogados, seus contadores”, diz Bregman, associado do Rotary Club de Eastwood há 52 anos. Alguns anos mais tarde, ele se tornou o diretor de marketing da Syracuse Trading Exchange, outra empresa de permutas que permitia que os membros também negociassem créditos para bens e serviços. Ele acabou administrando a empresa e recebia parte do seu salário em créditos de negociação. “Fiquei em Las Vegas com a minha família usando meus créditos de permuta”, conta ele. “Também adquiri uma banheira de hidromassagem e obras de arte com créditos de negociação.”

Uma revista local lhe deu o apelido de "barão da permuta" em 1983, quando ele estava na Bolsa de Valores.  Aos 91 anos, Bregman diz que as permutas ainda o empolgam.  Atualmente, ele é membro de uma empresa de troca de mercadorias com sede em Wisconsin. Cada vez que ele recruta um novo membro, ele recebe US$ 100 em créditos comerciais.

Um homem muito sociável e dinâmico, ele também usa suas habilidades de networking para ajudar o Rotary. Nos últimos 12 anos, Bregman atuou como copresidente da Comissão de Desenvolvimento do Quadro Associativo do seu clube. “O Rotary International tem um clube para pessoas que recrutaram mais de 50 novos associados à nossa organização”, diz ele. “Nas últimas cinco décadas, recrutei mais de 150.” Um de seus segredos é monitorar a mídia local em busca de possíveis candidatos. “Não tenho medo de ligar para as pessoas e convidá-las para as reuniões do nosso clube”, diz ele.

Três das quatro reuniões mensais do clube contam com palestrantes convidados, o que pode ajudar a atrair futuros associados. "Os discursos são um grande incentivo", diz Bregman, que tem a missão de trazer mais diversidade ao clube. “Entrei em contato com o 100 Black Men de Siracusa, um grupo de liderança nacional. O presidente deles fez um discurso no nosso clube e eu o convidei para se associar ao Rotary. Ele aceitou e acabou trazendo também o vice-presidente com ele. Hoje, temos 27% de associados não brancos."

Bregman também recrutou o empresário Tai Ngo Shaw, que chegou em Buffalo, EUA, em 1982 aos 10 anos como refugiado vietnamita e foi adotado por uma família local. Hoje, quatro décadas mais tarde, Shaw é um proeminente empresário e investidor imobiliário, bem como um líder na comunidade vietnamita de Siracusa. “Soube que Tai Ngo Shaw iria fazer uma palestra na filial local da NAACP”, diz Bregman. “Liguei para Tai, que não fazia ideia quem eu era, e pedi que ele falasse no meu Rotary Club. Foi um grande sucesso." Shaw ingressou no clube de Eastwood em 2021.

Imagem de: Kate Warren

Quando o clube comemorou seu 60º aniversário, em novembro de 2021, havia 28 associados. Bregman e outros associados do clube impulsionaram seus esforços de desenvolvimento do quadro associativo. “Com as novas admissões em janeiro, chegamos a cerca de 70 associados”, diz ele. Para Bregman, trazer alguém para o Rotary é como ter sucesso nas vendas. “Sinto-me energizado quando trago alguém para nossa organização”, diz ele.

 Bregman estudou jornalismo na Universidade de Siracusa e, depois de servir no Exército, foi repórter de uma estação de TV da cidade. Demitido pouco antes de seu casamento em 1957, ele respondeu a um anúncio procurando um "homem capaz" e foi contratado como ambulante da Fuller Brush. Graças ao seu carisma e personalidade extrovertida, ele se tornou muito bem-sucedido em vendas. “Sou uma pessoa um tanto quanto peculiar", admite Bregman. “Como ex-jornalista, sei fazer uma história.”

Recentemente aposentado depois de passar 32 anos como diretor de marketing do Central New York Business Journal, Bregman permanece ativo. Ele pensa em todas as suas atividades como parte da sua rede. “Eu trabalho na varanda da nossa casa, fazendo ligações o dia todo. Em uma segunda-feira recente, Bregman ligou para 50 pessoas para lembrá-las da reunião do dia seguinte. “É uma maneira de me conectar, ver se alguém está doente ou viajando”, diz ele.

No ano passado, quando ele convidou o prefeito de Siracusa, Ben Walsh, para falar no clube, Bregman teve uma experiência inédita. “De repente, o presidente do clube anunciou que o prefeito havia declarado 28 de março como o Dia de Bernard Bregman. Recebi uma proclamação”, disse Bregman. "Fiquei lisonjeado com isso."

Versão abreviada desta história originalmente publicada na edição de março de 2024 da revista Rotary.

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