Reduzindo a mortalidade materna na América Central
Em 2014, depois de nove anos como diretora executiva de uma clínica de saúde comunitária em Savannah, no estado da Geórgia, Miriam Rittmeyer decidiu que precisava de um tempo para recarregar as baterias. Inspirada por sua terra natal, a Guatemala, ela passou a fazer quadros coloridos, bijuterias e cachecóis e não deixou de praticar o charango, um instrumento de cordas andino parecido com o alaúde.
Depois de dois anos de descanso, Miriam, que tem mestrado em medicina e doutorado em nutrição e epidemiologia, lançou um novo empreendimento. A Phalarope – organização que ela ajudou a fundar – elabora, gerencia e avalia os programas comunitários e a assistência médica, incluindo saúde materno-infantil, em prol das populações indígenas da América Central.
Miriam falou do programa Manchichi de monitoramento da saúde da Phalarope durante o evento do “Dia Mundial de Combate à Pólio de 2022 e além: Um Futuro Mais Saudável para Mães e Filhos", realizado na Organização Mundial da Saúde, em Genebra. O programa visa reduzir a mortalidade materna por meio de treinamento intenso de 12 meses para parteiras, que é adaptado à cultura local e administrado no idioma dos treinandos.
Depois de demonstrar sua eficácia em 20 comunidades rurais guatemaltecas, o programa está se expandindo para seis áreas rurais no Panamá, com a ajuda de um Subsídio Global de US$ 96.000 da Fundação Rotária. “Essas comunidades querem fazer parte da solução, e o envolvimento direto dos moradores ampara um modelo sustentável para ajudar em nossos esforços de saúde pública”, diz Miriam. “A inclusão e o investimento nas comunidades são princípios fundamentais do Rotary e da Phalarope. E com esse modelo, acreditamos que a mudança é possível."
História originalmente publicada na edição de janeiro de 2023 da revista Rotary.